sábado, 18 de junho de 2011

Psiu! Sigilos!

Os dois sigilos "técnicos", por assim dizer, são o profissional e o sacramental (do confessionário católico).
O sigilo profissional é dever ético que médicos, advogados e qualquer profissional tem de cumprir quando isso envolve a intimidade e a honra de outras pessoas. O sigilo confessional tem de ser vivido pelo padre que, ouvindo o que ouvir no sacramento da confissão, deve manter segredo. O famoso filme I confess, dirigido por Hitchcock, em que Montgomery Clift interpreta o papel do sacerdote, mostra a seriedade da questão.

Conforme explico no livro Palavras e origens, "sigilo" deriva do latim sigillum, "pequeno sinal". Uma carta devidamente lacrada, selada, sob sinete — sub sigillum —, não podia ser violada.

A atual discussão em torno do "sigilo eterno" sobre fatos da história brasileira nos faz perguntar que tipo de sigilo transforma a política em religião. Não será direito nosso saber os pecados cometidos contra o Brasil?

Um comentário:

Anônimo disse...

Onde encontro esse livro "Palavras e origens"?